Respirante em ebulição.

Luiza Sarmento, Brazil

27.9.11

Homo Eternus

O homem nasce e sofre,

e se alegra,

e sofre,

e cresce,

e sofre,

e se alegra.

E se pergunta se é possível estar para além do sofrimento:

E assim o homem pariu Deus,

(…pelo menos é isso que ele pensa…).


Então ele olha pra fora,

e procura respostas,

mais óbvia: dinheiro.

…e ele trabalha,

e abre mão de (quase) tudo para ter estabilidade.

Ele ganha.

Ele perde.

Ele troca.

E pra grande maioria,

Mais perde do que troca.

Então ele se vê numa encruzilhada:

Ou ele desencana,

e abre uma cerveja,

Ou ele busca conhecimento.


O conhecimento diferente do dinheiro,

só se valoriza ao ser partilhado.

E quando multiplicado,

transborda do ser humano,

E deixa outras marcas na história.


E a história se expande!

E a natureza se encolhe...

E enquanto o homem procura:

Comida,

Dinheiro,

A chave de casa,

Sexo,

Solução para a andropausa,

E fareja pela imortalidade;

se depara com uma resposta:

E se desconfia maior que Deus!

E se depara com outros milhares de mistérios,

E se sente...

humano.

Nova encruzilhada:

Ou ele se ilumina,

Ou se deixa cegar.


E nesse meio tempo

o tempo passa.

E assim…

E assim,

Ele vê a morte chegando,

E avalia o seu apego,

E avalia o seu legado,

E sussurra sua prece,

Ou se desespera,

Ou se emociona,

Ou se conforma,

Ou se entrega,

Ou compreende,

e se despede.