Quando eu era bem pequena, meus pais fizeram meu mapa astral, quando completei dezesseis anos pude ouvir a interpretação gravada na fita cassete empoeirada, e algumas das coisas alí reveladas... Bem, deixa pra lá, né! Isso é muito pessoal. Mas o que me marcou foi a supresa com que o tal astrólogo proferiu: "Nossa! Ela tem onze planetas na casa onze!". E eu pensava: "What a hell?". Bem... Pra mim, naquele momento essa afirmativa não passava de um grande desequilíbrio... O que se justifica em alguns singelos aspéctos da minha personalidade. Então, logo veio a explicação: "...a casa onze é a casa dos amigos..." - Que Zora Yonara me corrija se estiver errada.
Anos mais tarde com um pouco de pesquisa à respeito, muitos trânsitos astrais e um amigo especializado no assunto (valeu Tião!), pude compreender a magnitude de ter onze dos meus vinte e oito planetas, reunidos naquele cantinho de cima do meu mapa. Penso que se existe um boteco astral, é lá que se toma a cerva, e pelo jeito tá bombando! Logicamente não me faltaram exemplos na vida para compreender esse fenômeno. Quase todas as minhas maiores tristezas e alegrias me foram proporcionadas pelos meu amigos. Sofro junto, sofro por, sofro com. Da mesma forma e intensidade, as alegrias. Acho que é por isso que me dói encontrar algum desgarrado que se perdeu de mim.
Meu pai sempre me dizia, com seu clássico tom filosofal:"Minha filha, a vida é um trem e as pessoas vão e vem". Apesar da rima infame aquela frase me pareceu lógica e triste. "Mas eu quero todo mundo pra sempre!", e ele: "Mas não vai querer isso pra sempre, não!", e só faltou "Aguarde e verás". E não é que o véio tem razão!
Alguns me deletaram, outros deletei, alguma amizades floresceram, outras cultivei e as mais verdadeiras são tipo "Maria sem-vergonha", quando a gente mais se desespera lá está ela! De braços abertos. Mas todo esse papo de astrologia, foi só pra chegar nesse ponto. Não sou o tipo de pessoa workahollic, ou que ama loucamente a família, ou os próprios amores... Mas os amigos... Esses sim! E se eu puder em todas essas áreas da minha vida, encontrar amigos em cada uma delas, fechou!
Por isso tudo, quero prestar uma homenagem aos meu queridos, e dizer: Senhoras e senhores passageiros, desculpe interromper sua viagem. Eu podia estar roubando eu podia estar matando, mas venho aqui humildemente lhes pedir perdão por qualquer ruído na comunicação, pelo que já dei a perceber, se dentro do vagão o em outra estação, quero agradecer, antes de mais nada, a todos que puderam contribuir. Deixo aqui o meu muito obrigada aos somam e somaram e àqueles que pensam que diminuíram.
Gracias!
6 comentários:
ah, o tal boteco... cresceu e virou casa.
depois, de tão grande, praça, país planeta, coração.
Olá, sei que mal me conhece, mas sou a surpresa do seu mapa astral. Brincadeiras à parte, sou um grande fã seu, um admirador nítido e notório sem nenhum medo de te elogiar ou de te admirar.
Pode deixar que isso não é uma cantada, pois sou imensamente apaixonado pela minha maravilhosa e muito amada namorada.
O poema concreto são tuas belas formas vindo em ondas de alta frequencia e energia para deixar nossas vidas ainda com mais luz. O soneto haikiano dessa dupla - Isabela e tu - tão presente é a forma, o conteúdo e a métrica exata da mais fina poesia cotidiana.
Parabéns por tudo e, por favor, continue(m)sempre assim! Um fortíssimo abraço e até mais!
Eu tb tenho os amigos em lugar mais que especial. fui filho único até os quatorze, qdo minha maninha nasceu tava mais pra tio. Cresci sozinho e ela tb, por isso adorava chamar os amigos de primos e irmãos. Tenho um monte de primos-irmãos. Até minha gata (Iaiá) não tenho coragem de dizer " minha gata". É minha amiga, mora comigo porque quer.
parabéns, os textos são ótimos!
Que lindo, Lu!
Privilégio ser sua amiga!
Minha tecla "delete" não funciona com você!
Beijo!A gente se vê no bar das 11!
Manu Sarmento
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